segunda-feira, 1 de abril de 2013

Vai ver eu não sei de nada...


- Na hora do “vamo vê” eu desenho uma xícara enorme, girando alada, e confirmo a história pra quem duvidar!

Quem sabe tudo sobre amor levanta a mão agora! É, pois é, né? Já deu, não dá pra saber, eu sei que não, e já não me aguento escrevendo como se soubesse. Eu não sei quase nada sobre relacionamentos, sobre o amor de verdade, sobre o amor de mentira ou, simplesmente, se existe amor. Eu acho que existe, mas como é que eu vou provar? 
Não posso ficar aqui cagando regra, falando sobre, alias, deveria ser proibido.

Penso muito sobre os casais que acabaram. Penso sempre neles. De amigos, de conhecidos, da família, dos filmes. Aqueles casais que se afundam numa vontade inútil de se vingar, ou daqueles que ficaram tão distantes, tão alheios que, antes do fim, já se sentiam solitários. Penso sempre naqueles casais que ficam no silêncio, que cultivam cânceres gigantescos só para não criar atrito. Ou aqueles pares que simplesmente querem acabar com a vida alheia, que apagam toda a história de amor e só conseguem focar no que foi ruim.  As pessoas não sabem mais lembrar do que foi que elas ganharam em uma relação, mas também não conseguem esquecer o que foi que perderam. Quem é que sai ganhando quando os dois perdem juntos? Diz pra mim.

Ninguém sabe que eu tomo três banhos por dia porque é mais fácil pensar com o chuveiro ligado. Eu penso muito, o tempo todo, contra a minha vontade. No fundo faço isso porque tenho medo. É mais lucrativo aprender com a desgraça alheia do que com a nossa própria. Não quero ter que sofrer pra aprender, nem apanhar pra aprender a bater. 

Quero o caminho mais fácil, ué? Quem não quer? Tenho ouvido muito uma música nova que diz assim: “Eu não quero te passar uma impressão errada, mas eu preciso de amor e afeição. E espero não estar soando muito desesperado, mas eu preciso de amor e afeição”, e ouvir esses versos me faz pensar que ninguém está pronto para pedir amor, até porque ninguém entende bem como é que o amor funciona. Então, na dúvida, quando a gente consegue um, o negócio é se cagar de medo de perder e continuar vivendo na corda bamba. Amar não é seguro pra ninguém, mas louco é quem não se arrisca.

Vai ver tudo isso seja só uma tentativa simples, ou complicada, de dizer que o mais do mesmo nunca sai de moda. Falar sobre amor é lucrativo, rende e instiga, porque é sempre assunto novo, é sempre coisa que o povo não conhece bem. Assim como os livros, as músicas e os filmes de amor são sempre escritos pelas pessoas que menos sabiam o que era realmente amar. Vai ver eu também, assim como um monte de gente, não sei merda nenhuma e esteja atirando no escuro assim, torcendo para acertar uma vez ou outra. Deve ser isso.

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