"Tinha
duas maneiras de se esconder: ficava em casa e dizia para si mesma que ali era
um bom lugar e que precisava de um tempo sozinha, ou ia para a rua, fazia o que
desse vontade, passava dos limites em todos os momentos e se permitia acreditar
que precisava extravasar. A vida justa, certa e real nunca era a primeira
opção. Vivia se escondendo nos extremos da clausura completa ou da exposição
desmedida.
Fazia questão de se explodir para depois se curar, sozinha, durante
dias e dias, como se a maneira certa de cumprir os dias na terra fosse
simplesmente se machucando e esperando cicatrizar. Passou
anos se equilibrando sozinha nos dois pratos da balança, até que se encontrou.
E quando isso aconteceu não foi do jeito mágico e romantizado que as pessoas
costumam pensar que são os encontros. Se encontrou num momento bem ruim,
daqueles que se fica com profundo medo."
Aprendi
que os extremos são extremos demais para serem levados como estilo de vida. A
chance de quase morte depois que feri a cabeça e abriu um buraco fez com que eu
repensasse como aproveitar meu tempo. Agora
vivia nos extremos ao mesmo tempo, se apaixonando e olhando as estrelas da
própria sacada, trazendo amores e amigos para o mesmo universo. Depois de um
tempo nesse imenso equilíbrio acabou se apaixonando, perdidamente. E agora
pensa em se encontrar com o amor.
“A
vida é feita de fases”.
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