E então vieram às mudanças, alguns leves, outras radicais. Radicalizei quando
decidi não falar palavrão. As leves foram, nunca deixar de agradecer e nem de
elogiar (muito indispensável).
O princípio de toda mudança deve ser uma auto-análise, introspecção,
conhecimento íntimo. A partir daí você vai conseguir identificar, utilizando
sua consciência e um pouco de bom senso, o que te faz mal e o que você mantém
por comodidade. Não é fácil. Requer paciência e muita disciplina. Disso você
precisa saber.
Com o passar do tempo, os hábitos viram rotina, a rotina vira sua vida, e sua
vida dita quem você é e o que merece ter.
Todas as coisas começam a fazer sentido, inclusive seus próprios sentidos. Você
começa a ouvir melhor, sem distorcer as palavras alheias, a sentir o toque com
mais afetuosidade e menos maldade, olhar para o mundo com os olhos puros da sua
alma e a amar verdadeiramente, com consciência de que nada é seu, que tudo lhe
é emprestado, inclusive seu corpo, e de que ninguém é de ninguém, por isso
precisamos ser livres e deixar tudo ao nosso redor solto, para ir, vir,
transitar, tocar, beijar, sentir...
E o corpo, que antes era tudo o que você tinha, torna-se enfim um instrumento
transitório para as belas, livres, esplêndidas e transcendentais obras da
natureza.
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